A Tuna Académica da Universidade de Évora remodelou o seu site que, aparece agora de cara lavada, com uma nova dinâmica e organização.

O por muitos considerado "pai do rock nacional", Rui Veloso, actuou no dia em que muitos dos estudantes da academia envergaram o traje pela última vez e no dia em que cortaram o seu cordão umbilical com a Universidade.
Músicas como "Não há estrelas no céu", "Paixão", "Chico Fininho", entre outras, embalaram os presentes, muitos deles já com um certo saudosismo dos tempos de Universidade.
Ressalte-se que o cantor fez um grande esforço para actuar para os estudantes de Évora, uma vez que se encontra a recuperar de um problema de saúde.

Na véspera do dia da Queima, os Buraka Som Sistema subiram ao palco principal do recinto da Queima.
Esta banda nacional que congrega o Kuduro e o electrónico contagiou o público com um som poderoso, contrariando o boato que correu nos dias anteriores, afirmando que o grupo não se deslocaria até Évora.
Nota de destaque, para a presença de muito público não oriundo da Universidade de Évora.

O famoso artista José Cid actuou na Quinta-Feira de Queima, perante uma vasta plateia, no palco principal do recinto.
O cantor natural da chamusca entoou os sons que fizeram dele um dos ícones da música portuguesa. Temas como "O Macaco Gosta de Banana", "Favas com Chouriço", entre outros foram entoados em uníssono, criando uma atmosfera de grande festa, para gáudio dos presentes.
Foi igualmente interessante ver várias gerações na Queima. Apesar de ser uma festa fundamentalmente dos jovens, foi notória a presença de pessoas de uma geração mais avançada. Este dado revela que, o cantor monárquico consegue chegar a várias gerações.

As tarjas da polémica

Como é tradição, decorreu mais uma vez a Noite de Tunas da Queima da Fitas da Universidade de Évora que, saliente-se conta já com 20 edições. Esta edição, realizou-se como é usual nos Claustros do Colégio do Espírito Santo, contudo este ano o evento foi marcado por um conflito entre a Tuna Académica da Universidade de Évora e entre a AAUÉ.
Ao longo de dezanove anos, a TAUÉ levou a cabo a organização deste espectáculo que, é considerado no seio académico como um dos melhores encontros de tunas do país. Contudo, a AAUÉ decidiu tomar conta da organização da noite de tunas, defendendo que a noite de Tunas deveria ser organizada por todas as tunas, (incluindo o Grupo Académico Seistetos) em conjunto com a Associação.
Num documento publicado no site "Portugal Tunas", a TAUÉ defende que a AAUÉ tentou "diminuir quem ao longo dos anos ergueu esta noite emblemático. Pode ainda ler-se no mesmo documento [a AAUÉ] "ainda sobrepôs uma Tarja à que é colocada tradicionalmente pela TAUÉ, alusiva ao seu aniversário, sem consentimento prévio.
O que é certo é que a meio do evento, a tarja da AAUÉ foi descerrada, revelando a tarja da TAUÉ, para gáudio dos tunantes que rejubilavam efusivamente das janelas do Claustro. O público apreciou o descobrir da nova tarja, aplaudindo entusiasticamente o momento. Um dos momentos da noite!
É de destacar que tiveram presentes no evento cerca de 3000 pessoas que lotaram por completo os Claustros do CES. O ambiente foi acolhedor, vibrante e nostálgico, cabendo à Tuna Académica da Universidade de Évora subir ao palco em último lugar. A meio da actuação, um dos tunantes alegou que o som lhes havia sido diminuído, afastando a tuna todos os microfones, cantando com pujança e com dedicação para os presentes. Os finalistas, esses, choraram enquanto ouviam as músicas de despedida da TAUÉ.
Enquanto a noite de tunas decorria, no recinto da Queima actuou a banda popular Chave D'ouro. Pelo que o UE'Spírito conseguiu apurar, foi detectado um assalto no interior do recinto. Ainda assim, tentaremos explorar mais ao pormenor esta situação futuramente, confirmando ou desmentindo a veracidade da situação.

O quarto dia de concertos ficou marcado pela presença de dois nomes fortes da música nacional: Rita Redshoes e Tara Perdida.
A cantora dos "sapatos vermelhos" esteve em consonância com o seu próprio estilo musical , apesar do cariz mais festivaleiro da Queima, reunindo no concerto o alternativo e o pop. Desta forma, criou-se uma mágica atmosfera entre cantora e público.
Por outro lado, os Tara Perdida, mantendo-se fiéis ao seu perfil apresentaram um concerto bastante energético, característico do seu rock pesado. O público, esse, não teve o melhor comportamento, uma vez que os designados "moches" e outro tipo de acrobacias, típicos destes concertos de rock, não tiveram grande final. Várias pessoas terão efectuado lesões traumáticas. Pelo que foi possível apurar, a maioria dos envolvidos não era estudante na Universidade de Évora.

Não poderia faltar à Queima das Fitas! Falamos obviamente de Quim Barreiros.
Como é habitual, o dia em que Quim Barreiros subiu ao palco (25 de Maio) foi o dia de maior afluência de público.
Os presentes tiveram a oportunidade de assistir a um espectáculo bastante animado. O popular Quim Barreiros entoou as afamadas músicas que fazem dele um dos ícones da cultura popular portuguesa, enquanto que os presentes se empenharam em danças e no tradicional "comboio".
Um dos grandes momentos da Queima!