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Presidente da AAUÉ faz antevisão da Queima


UE' Spirito: O que esperas desta edição da Queima das Fitas?
António Gualdino: Este ano espero que realmente haja uma reanimação da tradição e da vivência académica dos estudantes da Universidade de Évora.
Estou também confiante que haja uma grande afluência de estudantes e de jovens da cidade de Évora, para assistirem aos nossos espectáculos e também para desfrutarem do recinto e de outras actividades que iremos realizar ao longo da semana da Queima das Fitas.

UE' Spirito: E quais as grandes novidades para esta edição da Queima?
António Gualdino: A grande novidade este ano é o recinto e toda a estrutura que estamos neste momento já a montar. De facto, voltámos para o nosso antigo espaço e estamos de volta à nossa casa.
Esperamos que esta mudança de recinto venha também de encontro à vontade dos estudantes da nossa academia. Acredito que a localização do recinto e a sua localização fará com que também haja uma maior afluência de pessoas.

UE' Spirito: O ano passado um dos problemas inerentes à realização da queima, foi o facto dos moradores daquela zona se manifestarem judicialmente, em virtude do barulho. Não pensas que este ano possa acontecer algo parecido?
António Gualdino: Bem, nós estamos sempre sujeitos a essa situação. A verdade é que um dos nossos trunfos este ano para pedirmos e negociarmos com a câmara a realização da queima no colégio do Espírito Santo, foi precisamente o facto de não ter havido queixas de nenhum género ao nosso evento e, isso permitiu-nos de facto conseguir este grande feito que é o reencontro com a nossa história e com a nossa tradição.

UE' Spirito: Qual o horário imposto na licença para encerramento da Queima?
António Gualdino: O pedido de licenças está feito para que durante a semana, o ruído seja até às 4:30h, sendo que nas vesperas de fim de semana e no fim de semana seja até as 5e30h.
A novidade é que pedimos licença de recinto até às 6 horas, contudo ainda não temos a resposta da edilidade a este pedido.

UE' Spirito: E qual o orçamento total para a Queima das Fitas?
António Gualdino: O orçamento ronda os 250 mil euros.

UE' Spirito: O que tens a dizer do já público diferendo com a TAUÉ, relativo à questão da organizacão da noite de tunas?
António Gualdino: Não tenho muito a acrescentar! Este ano, a associação quer ter uma noite de tunas como havia antigamente. Se se vai fazer uma noite de tunas, é normal que a organização deva ser feita pelas tunas da Universidade de Évora em conjunto com a AAUÉ.
Relembro também, que a primeira noite de tunas foi realizada pela AAUÉ e inseria-se no programa da queima da AAUÉ, à imagem do que vai acontecer este ano.
A tuna recusou-se a organizar a noite de tunas com as outras tunas da casa. Entretanto chegou-se a um acordo e cada tuna irá ter os seus convidados, ficando a apresentação da noite de tunas à consideração e ao entendimento das três tunas da casa, sem prejuizo do espectáculo.

UE' Spirito: A relacao instituicional entre AAUÉ e a TAUÉ permanece sã?
António Gualdino: Sim, com algumas discrepâncias da parte da tuna, mas da nossa parte nao posso dizer que haja uma má relação com a tuna.

UE' Spirito: Gostaria de deixar uma última mensagem para os estudantes da Universidade de Évora?
António Gualdino:Gostaria de os ver todos os estudantes a participar no climax da vida académica em Évora que é a Queima das fitas. Que todos adiram aos momentos chave desta que vai ser a melhor queima de sempre, se os estudantes quiserem.

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Parece-me desde já muito estranho, que em 7 perguntas, 2 sejam inteiramente dedicadas à TAUE. O que diz muito da intenção desta entrevista, e da importância desta tuna para a comunidade estudantil eborense. Por outro lado, ou o António Gualdino não sabe a origem da Noite de Tunas da Queima das Fitas de Évora, ou fez-se esquecido, e tentou adornar a conversa colocando do lado da TAUE a origem dos diferendos. Pois bem, passo a esclarecer:
1. A 1ª Noite de Tunas da Queima das Fitas foi criada por um conjunto de membros da AEUÉ, alguns deles viriam a ser fundadores da TAUÉ;
2. A TAUE nasce oficialmente a 30 de Maio de 1990, no segundo encontro de tunas da queima das fitas;
3. A partir desse ano passou a organizar este evento, que coincide com os festejos do seu aniversário;
4. Faz agora 19 anos desde o seu inicío, e neste percurso conseguiu reunir em Évora as melhores tunas de Portugal e ainda se regista a presença da TunAmérica num dos eventos;
5. Até à patética decisão de levar a Queima das Fitas para o Hipódromo, a TAUE conseguiu sempre encher os claustros de estudantes trajados de várias academias, superando por diversas vezes as 8000 pessoas;
6. Foi a TAUE que sempre insistiu que a Noite de Tunas se mantivesse nos magníficos claustros do Colégio do Espírito Santo, onde ela nasceu, e onde ela faz sentido;
7. Foi a TAUE que persistentemente não deixou cair esta emblemática noite ao contrário do que aconteceu com a Noite da Capa e Batina ou a Noite do Porco do Vinho e do Fado;
8. É a TAUE que representa esta academia nos mais importantes certames de tunas, que está sempre presente em momentos significativamente importantes da Universidade e da Cidade, que tenta manter vivas as tradições académicas.

Assim, esta opção da AEUE em retirar a organização desta Noite à TAUE é completamente desprovida de sentido. É resultado de uma direcção da AEUE autoritária (a ver vamos se com legitimidade para o exercício de funções), sem conhecimento do historial desta Noite, e desrespeitosa das tradições académicas.

Como antigo membro da referida tuna estou certo que esta não se deixará ficar, e da minha parte tudo farei para que os ajudar a reerguer uma noite que não é pertença da AEUE.

Com os melhores cumprimentos
NG

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